Certa vez, em uma aconchegante vila no Polo Norte, Papai Noel estava se preparando para mais um Natal. Ele passava os dias lendo cartas de crianças de todo o mundo, supervisionando os duendes na fabricação de brinquedos e verificando a lista dos bonzinhos. No entanto, algo parecia diferente naquele ano: seus olhos não estavam mais tão aguçados.
Noel começou a perceber que tinha dificuldade em ler as letras miúdas das cartinhas e, pior, estava confundindo algumas cores das luzes de Natal.
Preocupado, resolveu pedir ajuda a Dona Noel, que sugeriu uma consulta com o Dr. Visolini, o renomado oftalmologista da Vila Polar.
Ao chegar ao consultório, Dr. Visolini saudou Papai Noel com entusiasmo.
— Ho, ho, ho, Noel! O que o traz por aqui?
— Bem, doutor, minhas cartas de Natal parecem ter ficado menores ou minhas lentes mágicas não estão funcionando como antes.
Dr. Visolini sorriu e respondeu:
— Não se preocupe, vamos verificar esses seus olhos mágicos.
Depois de uma série de exames — incluindo medir a acuidade visual com tabelas de letras em forma de flocos de neve e um teste especial de percepção de cores com renas sorridentes — o doutor concluiu que Papai Noel precisava de óculos.
— Noel, você está com presbiopia. É uma condição comum da idade, e nada que um bom par de óculos não resolva. Além disso, notei um pequeno grau de astigmatismo, mas nada preocupante. Vamos criar algo especial para você.
Na manhã seguinte, os duendes óticos, liderados por um inventor talentoso chamado Lentesburgo, apresentaram os novos óculos de Noel: uma armação vermelha brilhante com detalhes dourados que refletiam o espírito natalino. As lentes tinham tecnologia mágica, capazes de ajustar o foco automaticamente para que Noel pudesse ler as cartas e, ao mesmo tempo, ver as estrelas brilhando no céu.
Quando Papai Noel colocou os óculos pela primeira vez, ficou encantado.
— Ho, ho, ho! É como se eu estivesse vendo o Natal pela primeira vez!
Com sua visão restaurada, Papai Noel voltou ao trabalho com entusiasmo. Agora, ele lia as cartas das crianças com ainda mais atenção e preparava os presentes com precisão. Ele até brincava que, graças ao Dr. Visolini, talvez fosse hora de criar uma nova tradição: os Óculos Mágicos de Natal.
Na noite de Natal, antes de partir para entregar os presentes, Noel fez questão de deixar um bilhete especial para o oftalmologista:
"Querido Dr. Visolini, obrigado por devolver o brilho ao Natal. Com os óculos que você me deu, consigo ver o mundo com mais clareza — e também o amor e a esperança nos olhos das crianças. Feliz Natal! Com carinho, Papai Noel."
E assim, a vila do Polo Norte aprendeu que cuidar dos olhos é fundamental, até mesmo para o bom velhinho. Afinal, ver o mundo com clareza torna o Natal ainda mais especial.
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