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Foto do escritorrodrigo pazetto

Os limites entre a estética e a saúde na aplicação de toxina botulínica


O uso da toxina botulínica (tipo A) para fins estéticos foi descoberto pela oftalmologista Jean Carruthers em 1987. A substância era usada para o tratamento de blefaroespasmos, que são espasmos contínuos nas pálpebras. Diante deste tratamento, ela percebeu que as rugas dos pacientes nesta região desapareciam e foi assim que os testes em outras partes do corpo foram iniciados.

Com a popularização da aplicação da substância para fins estéticos, é importante que o profissional tenha conhecimento anatômico para que o procedimento seja feito com segurança. Além, é claro, de uma perícia minuciosa dos materiais. Procedimentos estéticos também apresentam riscos e necessitam ser feitos por profissionais capacitados e com conhecimento muscular, subcutâneo e anatômico, além de mãos treinadas. Por estar cada vez mais presente no nosso dia a dia, a aplicação de toxina botulínica é julgada como fácil e sem perigo, mas isso não é verdade. Profissionais qualificados são necessários em todas as áreas da saúde e isso não é diferente na estética.



Complicações

Algumas complicações podem acontecer, como por exemplo a ptose palpebral – nome dado à queda da pálpebra – em função de imperícia na aplicação ou quando ocorre difusão da toxina, em casos que ela é muito diluída, necessitando aplicação em maior volume. O paciente também pode sofrer com dificuldade de oclusão dos olhos, chamado lagoftalmo, que forma uma fenda entre as pálpebras e que pode desenvolver ou intensificar os sintomas da síndrome do olho seco, que gera intenso desconforto ao paciente. Também podem haver desconfortos estéticos, como a elevação da cauda do supercílio, que incomoda principalmente ao sexo masculino.


Quando as aplicações acontecem na região perioral (próximo a boca), pode haver dificuldade na movimentação dos músculos do lábio, causando ptose do lábio superior, dificuldade de movimentação do lábio inferior e assimetrias labiais inestéticas durante as mímicas faciais, como o sorriso. Em casos mais graves, podem ser desencadeadas dificuldades de deglutição da saliva durante a oratória.


Como se prevenir?

A avaliação médica é sempre a opção mais segura. Nela, o paciente vai expressar suas queixas e expectativas para o médico, que poderá indicar o procedimento de maneira assertiva. Para ótimos resultados estéticos na aplicação de toxina botulínica do tipo A, os limites do procedimento e técnica acurada precisam ser respeitados.


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