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Foto do escritorAlexandre Netto

Avastin, Lucentis e Eylia: Entenda as Diferenças Entre os Tratamentos para Degeneração Macular Relacionada à Idade


Avastin (bevacizumabe), Lucentis (ranibizumabe) e Eylea (aflibercepte) são medicamentos amplamente utilizados no tratamento da degeneração macular relacionada à idade (DMRI) na sua forma úmida ou exsudativa. Apesar de terem mecanismos de ação semelhantes, existem diferenças importantes entre eles que podem influenciar a escolha do tratamento.


O que é a DMRI?


A DMRI é uma condição que afeta a mácula, a região central da retina responsável pela visão detalhada. Na forma úmida, ocorre o crescimento anormal de vasos sanguíneos sob a mácula, levando a vazamentos de sangue ou líquido, o que pode resultar em perda progressiva da visão.


Mecanismo de ação


Todos esses medicamentos agem como inibidores do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), uma proteína que estimula o crescimento anormal de vasos sanguíneos. Ao bloquear o VEGF, esses tratamentos ajudam a reduzir a formação de novos vasos e vazamentos, estabilizando ou melhorando a visão.



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1. Avastin (Bevacizumabe)


Indicação original: Desenvolvido para tratar certos tipos de câncer, mas usado "off-label" para DMRI.


Custo: Geralmente, é mais acessível porque pode ser dividido em várias doses a partir de um frasco maior.


Eficácia: Estudos demonstram que é comparável ao Lucentis em termos de eficácia para DMRI, embora não seja especificamente aprovado para essa condição.


Frequência de aplicação: Geralmente mensal, mas depende do regime adotado.




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2. Lucentis (Ranibizumabe)


Indicação: Desenvolvido especificamente para doenças oculares como DMRI.


Custo: Mais caro que o Avastin.


Eficácia: Projetado para ser altamente eficaz com menor risco de efeitos colaterais, pois é uma molécula menor que penetra melhor na retina.


Frequência de aplicação: Mensal ou conforme necessidade (protocolo "treat-and-extend").




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3. Eylea (Aflibercepte)


Indicação: Desenvolvido para DMRI e outras condições oculares relacionadas ao VEGF.


Custo: Geralmente similar ao Lucentis.


Eficácia: Além de inibir o VEGF, também bloqueia o fator de crescimento placentário (PlGF), oferecendo um efeito terapêutico adicional.


Frequência de aplicação: Inicialmente mensal, podendo ser espaçado para intervalos maiores (a cada 8 semanas ou mais) após o controle inicial da doença.




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Principais diferenças:


Avastin (bevacizumabe), Lucentis (ranibizumabe) e Eylea (aflibercepte) são medicamentos amplamente utilizados no tratamento de doenças oftalmológicas relacionadas à retina, como degeneração macular relacionada à idade (DMRI), edema macular diabético (EMD) e oclusões venosas da retina. Apesar de compartilharem um mecanismo de ação semelhante — inibição do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) —, eles possuem diferenças importantes.


1. Composição e origem


Avastin (bevacizumabe): Anticorpo monoclonal completo inicialmente desenvolvido para tratar câncer (uso oncológico). Seu uso em oftalmologia é considerado "off-label" (fora das indicações aprovadas).


Lucentis (ranibizumabe): Fragmento de anticorpo (Fab) desenvolvido especificamente para uso ocular. É aprovado para doenças oculares.


Eylea (aflibercepte): Proteína de fusão que combina partes de receptores VEGF com uma porção de imunoglobulina, proporcionando maior afinidade e duração de ação.




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2. Mecanismo de ação


Todos inibem o VEGF, mas há diferenças:


Avastin: Inibe o VEGF-A.


Lucentis: Inibe o VEGF-A de forma mais específica, por ser projetado para uso intraocular.


Eylea: Bloqueia VEGF-A, VEGF-B e o fator placentário de crescimento (PlGF), ampliando seu escopo de ação.




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3. Indicações aprovadas


Avastin: Uso oncológico, mas é amplamente utilizado como opção de custo mais baixo em oftalmologia (uso off-label).


Lucentis e Eylea: Desenvolvidos especificamente para doenças oculares e aprovados para DMRI, EMD, oclusão venosa e outras condições relacionadas.




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4. Duração de ação e frequência de aplicação


Avastin: Geralmente aplicado mensalmente (off-label).


Lucentis: Também é aplicado mensalmente, mas alguns regimes permitem intervalos maiores após o controle da doença.


Eylea: Possui maior duração de ação, podendo ser aplicado inicialmente a cada 4-8 semanas e depois em intervalos de até 12 semanas, dependendo da resposta.




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5. Custo


Avastin: Muito mais barato, mas não é desenvolvido especificamente para uso oftalmológico, necessitando de manipulação em farmácias especializadas.


Lucentis e Eylea: Consideravelmente mais caros, mas projetados especificamente para uso intraocular, com maior controle de segurança e eficácia.




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6. Segurança


Avastin: Há preocupações com infecções (endoftalmite) devido à manipulação para fracionamento.


Lucentis e Eylea: Fabricados e embalados para uso intraocular, reduzindo os riscos associados à manipulação.




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Resumo


Avastin: Alternativa acessível, off-label, com eficácia comprovada em muitos estudos.


Lucentis: Opção específica para uso ocular, com boa segurança e eficácia.


Eylea: Opção com maior duração de ação e amplo espectro de inibição do VEGF.



A escolha do medicamento depende da condição clínica, custo, acesso e preferência do médico e do paciente.



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Escolha do tratamento


A decisão entre Avastin, Lucentis ou Eylea depende de fatores como:


Custo: O Avastin é uma opção mais econômica, especialmente em sistemas de saúde pública.


Perfil do paciente: Idade, comorbidades e risco de efeitos colaterais.


Conveniência: O Eylea pode ser preferido por oferecer aplicações menos frequentes após a fase inicial.



Consulte um oftalmologista para determinar o tratamento mais adequado ao seu caso.

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