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Foto do escritorAlexandre Netto

Avastin, Lucentis e Eylia: Entenda as Diferenças entre Estes Tratamentos para Retinopatia




Avastin (bevacizumabe), Lucentis (ranibizumabe) e Eylea (aflibercepte) são medicamentos usados para o tratamento de doenças oculares, especialmente retinopatias, como a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e o Edema Macular Diabético (EMD). Apesar de todos atuarem de forma semelhante – inibindo o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) para reduzir o crescimento anormal de vasos sanguíneos na retina –, eles têm algumas diferenças importantes.


Mecanismo de ação e composição


Avastin: Inicialmente desenvolvido como tratamento para câncer (câncer colorretal, por exemplo), o Avastin é um anticorpo monoclonal que bloqueia o VEGF. Seu uso oftalmológico é "off-label", ou seja, fora das indicações aprovadas pelos órgãos reguladores, mas é amplamente utilizado em retinopatias pela sua eficácia e custo reduzido.


Lucentis: Desenvolvido especificamente para tratar doenças oculares, o Lucentis é um fragmento de anticorpo monoclonal que também inibe o VEGF. Diferente do Avastin, ele foi projetado para ser mais específico para os olhos, com uma menor molécula que se difunde mais facilmente nos tecidos oculares.


Eylea: Funciona como um "receptor-isca", ligando-se ao VEGF e ao fator de crescimento placentário (PlGF), o que lhe confere uma ação mais ampla que o Lucentis e Avastin. Seu perfil de ligação ao VEGF é mais prolongado, o que pode oferecer maior duração de efeito.


Frequência de aplicação


Avastin: Aplicações geralmente mensais, mas sua eficácia varia e pode necessitar de acompanhamento mais frequente.


Lucentis: Também é administrado mensalmente, especialmente nos primeiros meses de tratamento. Após estabilização, as injeções podem ser espaçadas de acordo com a resposta individual do paciente.


Eylea: Geralmente, as injeções são administradas a cada dois meses após um período inicial de doses mensais. A duração prolongada de ação do Eylea pode reduzir a necessidade de injeções frequentes.



Custo


Avastin: É a opção mais econômica, uma vez que foi desenvolvido para câncer e, para uso ocular, uma dose é retirada de frascos maiores, reduzindo seu custo.


Lucentis: É significativamente mais caro que o Avastin, uma vez que é desenvolvido e aprovado especificamente para o uso ocular.


Eylea: Seu custo também é elevado, porém sua maior duração de ação pode compensar com menos aplicações ao longo do tempo.


Eficácia e segurança


Avastin: Diversos estudos mostram que sua eficácia é comparável ao Lucentis, embora ele não tenha sido especificamente desenvolvido para uso oftalmológico. No entanto, o risco de efeitos colaterais sistêmicos (como aumento da pressão arterial) pode ser ligeiramente maior.


Lucentis: Sendo desenvolvido para uso oftalmológico, é considerado mais seguro para os olhos e tem menos risco de efeitos colaterais sistêmicos, mas sua eficácia é semelhante ao Avastin em muitos estudos.


Eylea: Pode oferecer benefícios adicionais em casos que não respondem bem ao Avastin ou Lucentis, além de ser eficaz em espaçar as injeções.



Considerações finais


A escolha entre Avastin, Lucentis ou Eylea depende de vários fatores, como a resposta individual ao tratamento, o custo e a frequência de aplicação necessária. Embora o Avastin seja a opção mais barata, Lucentis e Eylea podem oferecer vantagens em termos de segurança e duração do efeito. A decisão final deve ser tomada junto ao oftalmologista, considerando as características de cada paciente e doença.


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