A terapia antiangiogênica ocular é uma abordagem que vem ganhando cada vez mais espaço no tratamento de doenças oculares que afetam a retina e a circulação sanguínea ocular. Esse tratamento tem como objetivo inibir o crescimento anormal de vasos sanguíneos e diminuir o acúmulo de líquido no olho, melhorando assim a visão do paciente.
Conheça as três principais indicações dessa terapia: edema macular diabético, edema macular secundário à obstrução venosa e membrana neovascular sub-retiniana (MNVSR) secundária à degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Explicaremos de forma simples e didática cada uma dessas condições e como a terapia antiangiogênica pode ser útil em cada caso.
Edema Macular Diabético (EMD)
O edema macular diabético é uma complicação comum do diabetes que afeta a área central da retina chamada mácula. Ocorre quando os vasos sanguíneos da retina se danificam e começam a vazar líquido, provocando inchaço e prejudicando a visão central.
Terapia antiangiogênica no EMD:
Inibe a ação do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), uma proteína que estimula o crescimento anormal de vasos sanguíneos.
Reduz o acúmulo de líquido na mácula.
Diminui o risco de perda visual.
Edema Macular Secundário à Obstrução Venosa
A obstrução venosa retiniana é uma condição em que as veias da retina são bloqueadas, causando inchaço e vazamento de líquido. Esse acúmulo de líquido leva ao edema macular secundário à obstrução venosa, que compromete a visão central do paciente.
Terapia antiangiogênica no Edema Macular Secundário à Obstrução Venosa :
Ajuda a estabilizar a circulação sanguínea na retina.
Reduz o edema e o vazamento de líquido.
Pode melhorar a acuidade visual.
Membrana Neovascular Sub-retiniana (MNVSR) Secundária à Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)
A DMRI é uma doença ocular que afeta a mácula e provoca a perda progressiva da visão central. A forma exsudativa (úmida) da DMRI é caracterizada pelo crescimento anormal de vasos sanguíneos sob a retina, formando a membrana neovascular sub-retiniana.
Terapia antiangiogênica na MNVSR secundária à DMRI:
Bloqueia o VEGF, prevenindo o crescimento de novos vasos sanguíneos.
Estabiliza a visão e, em alguns casos, pode melhorar a acuidade visual.
Reduz o risco de hemorragia e cicatrizes na retina.
A terapia antiangiogênica ocular é uma opção de tratamento promissora para diversas condições oculares que afetam a retina e a circulação sanguínea ocular. O uso dessa terapia nas três principais indicações mencionadas neste artigo - edema macular diabético, edema macular secundário à obstrução venosa e membrana neovascular sub-retiniana secundária à degeneração macular relacionada à idade - demonstra resultados positivos na redução do edema, do vazamento de líquido e na melhora da acuidade visual.
É importante ressaltar que o sucesso do tratamento depende da detecção precoce dessas condições e de um acompanhamento médico adequado. Portanto, se você possui diabetes, histórico de problemas vasculares ou está na faixa etária de risco para DMRI, é essencial realizar exames oftalmológicos regulares e consultar um especialista sempre que necessário.
Lembre-se de que a informação contida neste artigo não substitui a consulta com um profissional médico. Caso suspeite de alguma dessas condições ou apresente sintomas como visão embaçada, perda de visão central ou distorção das imagens, procure um oftalmologista para uma avaliação completa e orientações sobre as opções de tratamento disponíveis.
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